domingo, 14 de novembro de 2010

23 pinos, 3 placas, você...

O ócio misturado com a dor física e a solidão pode resultar em idéias não muito construtivas. O corpo quando se sente violentado (ainda falando em dor física) por alguma estupidez (motivo externo), é controlado pelo medo e a insegurança. Tomado pelo enlouquecimento o cérebro humano produz um conteúdo curioso, desnecessário em muitos pontos. Em uma maneira um pouco mais vulgar: "Mente vazia, oficina do diabo."

O que resta é tentar trabalhar a mente a produzir um conteúdo mais positivo...

O quão admirável é a desilusão? Pensar que aquilo que mais te faz feliz, é também aquilo que mais pode te machucar. Para que tentar viver uma vida mais completa se a gente pode simplesmente se satisfazer com o normal. Somente o necessário. Mas afinal, o que é o extraordinário? A religião? Os pecados? O amor?! Levantar depois de cair é foda, não sabemos para quem se pode estender a mão. Receio, desconfiança, a idéia de que o conto de fadas não é, nunca foi, real... É hora de seguir com a vida, ser feliz... O complicado é saber se a insegurança ta te protegendo ou te pregando uma peça.

Chega em um ponto da vida o qual o importante é ter respostas. Nesse momento me deparo com uma visão cética para o amor, como a minha para a religião. Ou seja, fodeu! Para acreditar no que não existe fisicamente é preciso ver!

O que pode acontecer quando duas pessoas desconfiadas do mundo se gostam?

Viver uma vida seguindo uma ilusão não foi uma escolha sábia, frustrações, decepções, desculpas para fugir da realidade, intensidade e desconfiança levaram a construção de um homem calculista, sozinho. Feliz? Não sei... Parecia que sim. Até então a desculpa de procurar um misterioso símbolo que leva ao pais das maravilhas era o suficiente... E veio você...

O que é você? Quem é você? O que você ta pensando agora? São apenas algumas perguntas que faço para tentar entender. Entender como pode ser real a perfeição de ser tão simples e tão completa por simplesmente ser você. Tudo que juntei como característica, em uma pessoa só. Quando falo em sonhos e estrelas pode parecer comum, mas se conhecesse antes de conhecer você saberia que é tão real o sentimento, como surreal a idéia de falar de imagens inconscientes ao dormir e astrologia romântica, para uma criação defensiva e sociopata que me submetia...

Querer estar, querer fazer parte, querer entender, ouvir, querer falar, querer sentir... É só o começo... Guardei tanto de mim na vida para alguém como você que não posso me dar o luxo de perder só pelo medo da dor (agora, dor psicológica). Os papéis se inverteram no sentido de que quando se entregar era muito pesado e a idéia de fugir para deixar passar era a solução. Pela primeira vez na vida desde que criei esse sistema de alto defesa, quero saber o que vai acontecer... Mas não posso fazer isso sozinho, preciso de você...

Tantas palavras para tentar compensar poucas que foram o suficiente para passar a mensagem errada. Acho que acabei de virar canhoto. Quando tiver minhas duas mãos de volta concluirei minha pesquisa sobre Grécia antiga. Já quanto a atirar pedras no lago, plantar cenouras e sentar sobre bueiros, cabe somente a manter a mente ocupada.

Quero escrever mais...

Pensamentos soltos:
Agora tenho toda essa poesia, embora não soubesse que tinha. Acho que nunca tinha visto antes nada belo. Daria tudo para te ver dormindo nesse instante. Só de estar ao seu lado entro em contato com a minha alma. Eu preciso... Venho tentando me controlar. Quem poderia (...) do jeito que eu (...) ?

Ei, se você ainda estiver acordada, me liga quando pegar esse recado.

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