quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Carpe fucking diem

A vida está uma merda.
Tudo errado. Fora do lugar.
Aqui de novo? Desejava estar em outro lugar.
O pode ser pior?
Continua fingindo?
Mal pelo que tem? Alguma coisa para nada.
Quantos dias até descansar? Alguma coisa para alguma coisa.
E esse monstro dentro de você? Não vai soltar, não?
Você lembra das roupas, do cabelo?
E o pensamento? Cada vez menores em algum lugar antes de terminar tão de repente.
De uma olhada no que você é. Pense no que seria. Modelo? Perfeição? Cópia?
Chame de você. Ou chame de mim. Parece que as respostas foram deixadas.
Foda-se o dia seguinte.
Beba como se não houvesse amanhã.
O Tempo voa e a moda morre.
Jogue, tente fazer funcionar.
Na segunda de manhã a gente se ajeita.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Charles

Asco, repulsa, sarcasmo, nojo, tesão, amor, paixão, narcisismo, gula, avareza, luxúria, inveja, preguiça, ódio e soberba... Estes são alguns dos pecados de Charles.
Charles criou a arte pura, a chamava de mágica sugestiva.
Charles é Europeu.
Charles passou sua vida bebendo em excesso e escrevendo alucinadamente.
Charles lançou livros que acusado pelo poder público foram retirados e presos por ultrajar a moral.
Charles criou um inferno sujo, imundo. Que ele carregava para todos os lados.
Charles transou com milhares de mulheres. Casou. Descasou. Casou de novo. Comeu a irmã da mulher. Descasou. Casou. A vida é uma merda. Casavasse tanto e tão rápido, que quando ás conhecia de verdade, terminava.
Charles foi expulso de um conceituado colégio, por que não quis mostrar um bilhete passado pelo seu amigo.
Mais importante que se odiar, para Charles, era odiar o mundo. Odiar VOCÊ!
Charles contou histórias e escreveu poemas pornográficos. Pornografia. Não criou a pornografia. Nunca. Mas a levou para outro nível.
Seu jeito bruto e delicado, único. Transformava depressão em poesia. Como ninguém. Charles. Só Charles.
Quando as Flores eram belas, mais belas do que nunca, Charles as transformou em Flores do Mal.
Não houve antiga Alemanha ou nova Paris que o mudasse.

Baudelaire morreu aos 46 anos sem conhecer a fama.

Bukowski morreu em Março de 93 e em seu túmulo se lê "Don't Try"...









Não tente... Sério. Não. Tente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

4 doses

O que escrever?

Hã?

Porque?

Sentido em palavras?

Palavras que todo mundo já sabe?
Mesmo assim, impressionado em ouvir!?

O cérebro humano segue condicionado a se sentir novo e diferente. Quando todas as experiências forem lembradas, nada será novo! Diferente talvez. Mas não novo. Será? Acho que novo, sim. Novo. Isso, pronto. É possível ser novo. Mesmo velho. Novo. Haaaaa! Novo. Que loucura. Sempre tentando ser novo. Diferente. Caralho! Que sentido em tudo isso?! Qual o sentido em tudo isso? Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar. Nasci para satisfazer a grande necessidade que tinha de mim mesmo. Parte de mim tem medo de se aproximar das pessoas, pois teme que elas me deixem. Não odeio as pessoas, só prefiro quando elas não estão por perto!

A realidade é dura, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife..

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lembra?

Andar pelas ruas de um lugar desconhecido até ficar perdido.
Um lugar morbido, sombrio, cercado por uma cruz.
Assistir pessoas limpando janelas de um prédio muito alto.
Dirigir em marcha ré numa subida.
Ver pessoas procurando o carro num estacionamento.
Conversas de rádio, jazz dos anos 20, bueiros e cenouras.
Falar outras línguas, colar coisas na parede.
Roupas neutras no sol, destruir algo já destruido...
...Não provocaremos o passado. Discretamente, nem o futuro.

As coisas que amei, as coisas que perdi,
as coisas que eram sagradas e que abandonei,
não quero aprender o que precisarei esquecer.

Porque isso não faz lembrar de nada.
Se isso não fizer lembrar de nada.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O mês do cão raivoso

Não consigo mais saber quando há felicidade, entre cada sorriso escore uma lagrima dos olhos tristes e decepcionado. Aperto que foi de satisfação, passa a ser de algo novo. Diferente. O oposto do amor, de um amor, do amor. Único.

Na sarjeta. Sentado, esperando. Um idiota para uma vida toda. Fadada a mesmice. Na tentativa de lutar por liberdade encontro do sublime ao ridículo em apenas um passo.

Saia. Suma. Leve a cabeça ao redor do mundo, veja o que consegue da mente.
Preste atenção. Descontrole. Descreva palavra por palavra, veja quem é amigo e quem simplesmente é gentil.
É quase como uma doença, e sei que logo... logo...

Leve a linha reta para uma curva. Faça-a maior. A mesma linha.
Tente descobrir se valeu o que gastou. Porque sentir tanta culpa pela maneira que sente agora. É quase como estar livre, e eu sei que logo... logo...

Acima das mentiras, será forte, será rica, apaixonada, seguirá em frente... Mas não, não será minha.

Aprendi. Aprendi que não precisamos esperar um evento especial para a vida acontecer. A vida já é um evento especial...

Voltei?