sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Conto de Natal - Parte 2 (Peça em um ato)

CENA: A época: um dia antes do aniversário de um figura folclórica tão egocentrista que todo mundo sabe sua idade. Um homem gordo, que aparenta ter entre 50 e 2011 anos sentado em uma sala de estar. Fita crepe, cartas de tarô e um manual de microondas sobre a mesa.

Quando sobe o pano, o homem gordo, com barba branca, usando pijamas, está apertando botões de um microondas, quando alguém bate a sua porta, uma bela e sensual mulher loira, baixinha, usando um vestido longo e preto. Devem ser interpretados por atores céticos, tuiteiros, aspirantes a artes da vida e que apreciem um bom prato de atum.

Papai Noel: Porque que nessa época do ano todo mundo vem me encher o saco!?

Abre a porta.

A Morte: Olá, eu posso entrar?

Papai Noel: Mas, você não estava no livrinho?

A Morte: Que livrinho?

Papai Noel: (Constrangido) Nenhum livrinho! Quem é você minha jovem? Quanto você cobra a hora?

A Morte: Eu sou A Morte! E do que você está falando?

Papai Noel: Morte!? De novo!? Olha querida eu fantasio com muita coisa, mas morte já é demais. Fora que nessa mesma época no ano passado., um engraçadinho já veio aqui querendo matar o tal do Noel.

A Morte entra, vai em direção ao microondas e aperta dois botões que o ligam. Se senta na mesa ao lado das cartas de tarô.

A Morte: Pois é, era o meu irmão. O incompetente deveria ter levado você com ele. Mas parece que não acredita em Papal Noel.

Papai Noel: Sim, porque ele é judeu. Mas, pera ai em quantos vocês são? É tipo gremilins, se eu jogar água nasce mais? Como você vez o microondas funcionar?

A Morte: Não, seu gordo bixa, somos em 3. Demétrius, que você conheceu ano passado é o mais novo. Billy é o do meio e meu nome é Marcia e eu sou a mais velha. Ah! Sou judia também. Somo todos judeus.

Silêncio constrangedor. Perplexo, o Noel vai até o microondas que acabou de apitar e tira um prato com batatas fritas. Se senta a mesa ao lado da Morte e joga o prato na mesa.

Papai Noel: Bom, vou te falar a mesma coisa que falei pra seu irmão, meu nome é Alexandre e...

A Morte: ...é analista comercial de uma blá blá blá. Conheço o papo. Não vai me enrolar nessa.

Papai Noel: Mas você é judia e não acredita em Papai Noel, você nem comemora o natal!

A Morte: Foda-se.

Papai Noel: Teu irmão era mais legal.

A Morte: É o seguinte. Depois de ele não ter te levado no ano passado, nós passamos um ano bem complicado. Agora acham que quem matou Hitler foram os americanos, querem colocar a culpa do Leslie Nilsen na gente, cara, pode matar quem você quiser, mas nunca mexa com uma porra de comediante. O Povo fica puto!

Papai Noel: Caralho, essas fritas estão ótimas. Como você vez o microondas funcionar?

A Morte: Seu merda, ta me ouvindo?

Papai Noel: Sim, sua piranha! Não tenho porra nenhuma a ver com seus problemas. Achei que era uma striper que o louco do Terry tinha me prometido para o natal.

A Morte: Sério? Essa roupa ta tão vulgar assim?

Papai Noel: Vulgar? Ta parecendo a Wendy depois que o Peter largou ela.

A Morte: Ela ta fazendo programa?

Papai Noel: E não é de televisão igual a mulher melancia.

A Morte: Aquela vadiazinha! E me disse que estava em uma ONG fazendo projeto social.

Papai Noel: Só se for o projeto: "Faça um mendigo feliz". Aquela lá, qualquer trocado ou pedaço de pizza, ta dando até o brioco.

A Morte: To chocada!

Papai Noel: Mata ela então. Me deixa em paz, tenho um torneio de squash na semana que vem. É de dupla e o Saci ta contando comigo. Não posso deixar um velho amigo desapontado.

A Morte: Mas você tem que para com essa porra de andar com rena de nariz vermelho, duendes fazendo brinquedos, essa roupa ridícula. Parece um velho pedófilo!

Papai Noel: Se eu for promovido para gerente de compras, eu ganho um puta aumento e uma carga horária de trabalho menor. Como você fez o microondas funcionar?

A Morte: (Fala muito sensualmente) Olha aqui. Eu não sou tão boazinha quanto meu irmão. Portanto, você tem até a páscoa. Se não parar com essa porra toda eu venho aqui e arranco suas bolas com o meu dente!

Papai Noel: De um jeito estranho, isso foi muito excitante!

A Morte: Eu vou me acertar com a Wendy. Assim eu não volto de mãos vazias.

A Morte se levanta a caminha em direção a porta. Papai Noel vai junto e abre a porta para ela. No caminho.

A Morte: Ah! E Faz essa barba! Não da mais, né! Imagina o cheiro dessa merda!

Papai Noel: Sim sra.

A Morte: Compra um blackberry também! Quem anda com pager em 2011?!

Papai Noel: Sim sra.

A Morte: E para com a putaria! Se for para você morrer, eu te levo, não a sífilis!

A Morte vira de frente para o bom velhinho e aperta o seu saco.

A Morte: E striper, é a puta que te pariu!

A Morte sai de cena. O Papai Noel, para, pensa e grita.

Papai Noel: Mas como você fez a porra do microondas funcionar?

Desce o pano.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A única maneira de ser feliz é gostando de sofrer.


O que segue abaixo deve ser lido com muito sarcasmo. Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura.

Sinto falta de ser engraçado. Foda-se! Me preparo para um fim de ano frio! Pino e parafuso como a porra vão me derrubar. Agora, só me interessa o futuro, que é onde eu vou passar o resto da minha vida! E que venha meu inferno astral! Infelizmente a faculdade de psicologia não foi pra mim, fui expulso por colar na prova de metafísica, olhei para alma da pessoa sentada ao lado.

Tenho que confessar minha indignação com biscoitos da sorte. Malditos chineses! A sabedoria oriental sempre foi um tanto quanto obvia, agora agressiva é foda. Outro dia li uma sorte que me deixou mal. Era alguma coisa do tipo "seja humilde, não pratique pugilismo com cavalos e fique em casa. A vida é mesmo uma merda." WTF? Podia ser uma frase mas calma tipo "Hoje o unicórnio encontrou a andorinha e o arco íris está com 9 cores."

Criaturas místicas e toda a sua simbologia me perseguem. Além do coelho. Agora a o Leprechaun! Ah! Se deus existe, porque que não fala comigo!? Se ele pelo menos tossisse! E a paixão?! As pessoas apaixonadas, em geral, se tornam impacientes, perigosas. Perdem o senso de perspectiva. Perdem o senso de humor. Ficam nervosas, tornam-se chatas. Podem virar assassinas. Amar é sofrer. Para evitar sofrer não se pode amar. Mas então sofre-se por não amar!



"Pense, acredite, sonhe e atreva-se. Se você pode sonhar você pode fazer." Walt Disney


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

2022

Rios secam e colheitas param de crescer. O verão é quase eterno e no inverno não neva mais. Há água na beira do oceano e neve nas montanhas. O progresso no deserto continua parado. Aonde foi que perdemos a vontade? Isso não é um teste, isso é uma parada cardíaca. Um mundo muito orgulhoso para admitir os próprios erros. Caímos no chão, perdemos a fé.

O ar que respiramos se transforma no ar que nos sufoca. Epidemias disparam dentro de nossas casas, que afundam e se tornam cemitérios para os animais que maltratamos andar e cagar. Do que mais precisamos para saber que isso não é um teste e sim um ataque cardíaco. Um mundo muito orgulhoso para confessar o seu pecado. Beijam o chão enquanto perdemos os favores.

Eis a chance de acertar as coisas. Nos curvaremos ou colocaremos as leis no lugar? Não há meio termo. Não há compromisso. Traçamos a linha! Tudo está para explodir. Luzes se apagam. A covardia de fugir e a estupidez de encarar com o excesso de coragem não são opções. Fazer nada, se acomodar, se esconder. o que fazer?

Se atenha aos seus pecados. Viva com convicção a maneira que você escolheu para se matar. Não despreze a capacidade do ser humano de ser individualista, ou vai se machucar antes da hora. Veja, viva ao extremo, vença. Lute. Perca. Aprenda. Por mais que nada disso te torne imortal, a ilusão de uma vida após a morte pode te confortar quando você contar os dez últimos batimentos do seu fraco coração.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

É difícil encontrar anjos no inferno.

Faltou olhar nos olhos, o que deixou para trás - Tão preciosa - Teve o que conseguiu agora é tempo de seguir em frente - Quando você disse? - Mas fantasmas retornam à vida como um bom whiskey, andando pelas ruas cantarolando e carregando sinais, e a estes as ruas pertencem.

O tormento dura a melhor parte da eternidade contando os pecados da vontade de dentro. Sem ódio, a solidão deixa a bagunça... Mãos ensopadas no sangue de anjos - vi o dia acabar - Nuvens escuras explodiram e o temporal caiu. Tolos, perdidos, lavam-se, se afastam.

A cabeça esta pendurada pela humilhação, o peso faz o corpo rastejar através de segundos longos tido como décadas a cada grito que ninguém escutou. Uma mudança, todo dia uma queda, e ainda, chutam quando está no chão, o punho apertado... Mãos encharcadas com sangue dos anjos - o dia não nasceu - Até no purgatório está cheio de estrelas. Calor, suor, desesperados, frigidos, se passam.

Não olhou nos olhos do que ficou para trás. Sonhos inúteis corroídos pelo exercício da sociopatia. Palavras. Palavras. Palavras. A realidade é dura e cruel, mas ainda é o único lugar onde se pode... (...) ...Escolha a pílula azul.

sábado, 20 de novembro de 2010

Pôr-do-sol

Tire os seus fones de ouvido e escute os sons do mundo. Coloque o seu coração nisso, é tudo intuição. Pinte alguma coisa em preto e branco, escreva um livro sobre o sentido da vida, tente usar o que lhe foi dado para mudar o mundo em que VOCÊ vive.

O que faria com todas as respostas?
O que você faria se fosse a única?

Olhe pela janela, veja as luzes da rua passando. No reflexo de seus olhos seus pensamentos colidem. É mais que uma coincidência acredite desde de sempre, sabe, os tempos mudaram, tudo isso aconteceu no passado...

Sonhe com os outros acordado, deseje toda a beleza escondida. Se algum dia escapar de todas as almas que salvou, eu prometo que te encontro no pôr-do-sol.

domingo, 14 de novembro de 2010

23 pinos, 3 placas, você...

O ócio misturado com a dor física e a solidão pode resultar em idéias não muito construtivas. O corpo quando se sente violentado (ainda falando em dor física) por alguma estupidez (motivo externo), é controlado pelo medo e a insegurança. Tomado pelo enlouquecimento o cérebro humano produz um conteúdo curioso, desnecessário em muitos pontos. Em uma maneira um pouco mais vulgar: "Mente vazia, oficina do diabo."

O que resta é tentar trabalhar a mente a produzir um conteúdo mais positivo...

O quão admirável é a desilusão? Pensar que aquilo que mais te faz feliz, é também aquilo que mais pode te machucar. Para que tentar viver uma vida mais completa se a gente pode simplesmente se satisfazer com o normal. Somente o necessário. Mas afinal, o que é o extraordinário? A religião? Os pecados? O amor?! Levantar depois de cair é foda, não sabemos para quem se pode estender a mão. Receio, desconfiança, a idéia de que o conto de fadas não é, nunca foi, real... É hora de seguir com a vida, ser feliz... O complicado é saber se a insegurança ta te protegendo ou te pregando uma peça.

Chega em um ponto da vida o qual o importante é ter respostas. Nesse momento me deparo com uma visão cética para o amor, como a minha para a religião. Ou seja, fodeu! Para acreditar no que não existe fisicamente é preciso ver!

O que pode acontecer quando duas pessoas desconfiadas do mundo se gostam?

Viver uma vida seguindo uma ilusão não foi uma escolha sábia, frustrações, decepções, desculpas para fugir da realidade, intensidade e desconfiança levaram a construção de um homem calculista, sozinho. Feliz? Não sei... Parecia que sim. Até então a desculpa de procurar um misterioso símbolo que leva ao pais das maravilhas era o suficiente... E veio você...

O que é você? Quem é você? O que você ta pensando agora? São apenas algumas perguntas que faço para tentar entender. Entender como pode ser real a perfeição de ser tão simples e tão completa por simplesmente ser você. Tudo que juntei como característica, em uma pessoa só. Quando falo em sonhos e estrelas pode parecer comum, mas se conhecesse antes de conhecer você saberia que é tão real o sentimento, como surreal a idéia de falar de imagens inconscientes ao dormir e astrologia romântica, para uma criação defensiva e sociopata que me submetia...

Querer estar, querer fazer parte, querer entender, ouvir, querer falar, querer sentir... É só o começo... Guardei tanto de mim na vida para alguém como você que não posso me dar o luxo de perder só pelo medo da dor (agora, dor psicológica). Os papéis se inverteram no sentido de que quando se entregar era muito pesado e a idéia de fugir para deixar passar era a solução. Pela primeira vez na vida desde que criei esse sistema de alto defesa, quero saber o que vai acontecer... Mas não posso fazer isso sozinho, preciso de você...

Tantas palavras para tentar compensar poucas que foram o suficiente para passar a mensagem errada. Acho que acabei de virar canhoto. Quando tiver minhas duas mãos de volta concluirei minha pesquisa sobre Grécia antiga. Já quanto a atirar pedras no lago, plantar cenouras e sentar sobre bueiros, cabe somente a manter a mente ocupada.

Quero escrever mais...

Pensamentos soltos:
Agora tenho toda essa poesia, embora não soubesse que tinha. Acho que nunca tinha visto antes nada belo. Daria tudo para te ver dormindo nesse instante. Só de estar ao seu lado entro em contato com a minha alma. Eu preciso... Venho tentando me controlar. Quem poderia (...) do jeito que eu (...) ?

Ei, se você ainda estiver acordada, me liga quando pegar esse recado.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sozinho

Precisava tanto conversar. Doi, muito. Fisicamente, psicologicamente. Não desejo a ninguém nesse mundo a dor que imaginei que o corpo não pudesse sentir, não deveria ser assim. Parece tudo uma vingança de uma vida tomada pelo prazer de cometer pecados. Queria a sorte de não lembrar de volta. Não sei que tipo de pessoa tomará conta desse mundo imaginário e utópico que criei para fugir do seu mundo. Achei que sozinho não aguentaria. Mas o fim é sempre o mesmo, a gente nasce sozinho e morre sozinho. É muito pior do que parece. Não culpo ninguém pela ignorância abençoada de não saber, pelo contrário, invejo. Isso sim.

Bosta! Tanta coisa para passar, mas só 5 dos 10 para se usar, e além de tudo é do lado errado, de novo.

Socorro. Acho que essa mensagem foi clara e objetiva. Talvez tão objetiva que o mundo não entende. Socorro. Simples assim. Se não, ok! Cada respiro ofegante me torna mais forte, mais fraco, não sei, ainda não, muito cedo. Talvez amanhã... Ou depois... Afinal...

...Sei que isso ta errado, era para ser sobre humor e suas origens gregas... Chega de humor, chega de amor. No final, tudo termina na mesma merda.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O oito e o oitenta

5+3=

Alguém reclamou que esse blog estava muito depressivo ultimamente, então vai ai uma coisa mais "animada".

Outro dia, domingo, estava naquele estado após uma noite de excessos, o qual gosto de denominar como respirando com ajuda de aparelhos, vomitando sangue, desejando uma morte rápida e fria, etc. Termo que popularmente é conhecido como ressaca.

Nesse adorável dia de família, ouve um levantamento de uma questão. Porque a gente bebe? Porque? Será que o momento de prazer obtido com a bebida vale a pena pelo que vamos passar no dia seguinte? O quanto uma bela dose de jagger, um senhor copo de whisky, uma tequila escorrida no corpo de uma mulher muito sensual trajando poucas roupas, podem compensar na tristeza que é sentir que a balada continua apenas na sua cabeça e no seu estômago, mas você não está mais bêbado...

+70+2=

Sinto sua falta. Não te conheço.
Não te entendo. Quero mais.
Se você não existisse eu te inventaria.
Você não sabe quanto tempo eu esperei como alguém como você

O frio na barriga não é mais úlcera.
A força que me carrega de manhã
tem uma fonte nova, boba.
A sensação térmica não é mais um fator externo.

Parece que você já tinha o meu manual de instruções.
Subjetividade aparece, em um momento objetivo.
Mas é só voltar, se controlar. Não posso perder.
Espero que não seja apenas mais uma ilusão.

Do vazio e sozinho à estrelas e sonhos...

-50-30=

A seguir em Diário de uma vida em construção...
(...) o humor parte do pressuposto de que a vida não é levada a sério (...) Pitágoras que enfie seus números no c... (...) Aristóteles sim foi o primeiro gênio da stand up comedy (...) humor como recalque!? O caralho! (...)

Não perdammmm.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

YYZ

Faz tempo que não passo por aqui...

Antes da banda Rush alcançar o sucesso, o baterista Neil Peart trabalhava no aeroporto Internacional de Toronto, conhecido como YYZ. Tempo depois a mente doente do instrumentista, fez uma musica usando como base o código morse do Aeroporto. Razão pela qual sito tal façanha, é por que estou nesse aeroporto.

Terminei hoje uma longa, curiosa e cansativa jornada, que foi a gravação de um programa infantil para a Discovery Kids! Dia 22 de novembro estréia o Artzooka! Programa no qual o apresentador Daniel Granieri ensina que fazer arte é fácil. Não existe certo nem errado, o negocio é se divertir! Didático, dinâmico e rápido o programa foi uma parceria da Discovery com produção da CCI. Resultado, um programa original e divertido para todas as idades! Torço muito para o sucesso, inclusive para que eu possa voltar para segunda temporada! Rs.

De volta ao Brasil tenho que resolver um pouco a vida... Em Dezembro, volto devo voltar a "aprender". E falando em aprendizado, espero um dia poder voltar a faculdade de psicologia que tive que abandonar devido ao trabalho! Bom, não tenho nada de útil para acrescentar aqui.. Que merda! Vou exercitar a minha mente e minha criatividade nessa semana e surgir com algo interessante, estúpido e pernóstico...

- . - -- . - -- - . .

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O tempo...

O tempo passa, passou, vai passar.

De tempo a gente se conhece, se diverte, se aproxima.

O tempo é tudo que a gente tem e não tem.

O tempo também deixa saudade, vontade, curiosidade.

Para medir o tempo é necessário definir um começo.

É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só.

Apenas um evento psicológico.

O tempo é relativo, assim como tudo na vida.

Dificilmente se chegará a um consenso da definição do tempo.

Apenas uma sensação derivada da transição de um movimento.

O tempo não foi o suficiente. Quero mais.

A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão.

O tempo foi o suficiente. Para querer mais.

Não sei mais o que pensar sobre o tempo.

Estou perdido na perspectiva de tempo.

Só sei que quero passar mais tempo com você...

domingo, 19 de setembro de 2010

Para os meus amigos

Conheci muita gente ao longo da vida.
Algumas se foram outras vão até o fim.
Tenho amigos que vou amar até morrer.

De todas as pessoas eu tento aprender.
Algumas brilham outras queimam.
Alguns andam outras apenas caminham.

Vivo a vida do próprio jeito,
nunca vou ouvir o que tenham pra falar.
O tipo de fé que nunca vai embora,
somos em que realmente se deve acreditar.

Pelo bem e pelo mau eu conheço todos.
Pode correr pode até fugir.
Embaixo da pedra até a guerra esfriar.

Em silêncio, nunca faça um som.
Mas não nós, nunca vamos se esconder.
Somos em quem se realmente se deve acreditar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O que importa é o sentido que o homem da para as coisas

Passou sexta feira 13 de Agosto. Passou.
Passaram 40, 50 crianças encantadas. Passou.
Passaram amores, paixões, decepções, desejos, vontades. Passou.
Passou o meio do ano, desse ano. Passou...
...Veio 3 meses depois... Mas passou.
Passou Agosto, passou o tempo, passaram coelhos...
...E minhas mãos estão encharcadas com o sangue dos anjos.

Sou livre para fazer o que eu quiser, mas a liberdade é situada. Projetos que vão além da minha situação, não tem condições. E se olhar bem não há sinceridade nem quando se pede um conselho. Já sabemos o que a pessoa vai falar, no fim é como se você estivesse fazendo a escolha de qualquer jeito.

Gosto como Sartre chamou de nojento a mesmice que Chaplin satirizou em "Tempos Modernos". A alienação de como as coisas se formam tendo conhecimento apenas de uma etapa tornam realmente as pessoas muito ignorantes. Mas já afirmaram que "a ignorância é uma benção". Puta nó, meu! Que cagada. O que esse século precisa é de um novo Nietzsche. Um cara para chegar e falar que tudo que foi falado até agora, não existe, são só nomes e palavras. A vontade de viver hoje é muito mais forte do que o bem e o mal. Isso! Precisamos de um Nietzche moderno! Acredito que se pintasse um na praça, dessa vez seriam os franceses que inventariam um aforismo para tentar começar uma terceira Guerra Mundial. Pra mim, os alemães ainda são melhores no futebol.

sábado, 11 de setembro de 2010

Chapter VI - The Space Between

A incessante busca pelo coelho branco talvez seja como perseguir um fantasma, não acredito em fantasmas, apesar de já ter visto um. Durante míseros 4 mais 20 anos de vida, me deparei com diversas situações, quando digo diversas, quero dizer, pra caralho! Um vida bem vivida de dar inveja a muito cinquentão por ai. Ainda tenho muita coisa para ver, nunca estive no Oiapoque mas já fui ao Chuí. Literalmente.

Um "treinamento" em auto controle e leitura corporal, faz com que nada escape e de que algum jeito, tudo ande conforme deveria. Bom, e ruim. Difícil de ser surpreendido, pego de surpresa. Pessoas são fáceis. Sartre, todo todo com os seus ui uis (malditos franceses!), acreditava que o ser tem a liberdade de fazer de si o que quiser. O Homem nasce condenado a ser livre. Será? Acredito que a vida é um pouco mais complexa do que isso. Engraçado um cara que viveu as duas grandes Guerras Mundiais ter essas convicções. Os franceses são muito loucos! Olha Baudelaire! Prefiro a poesia junkie americana, alias, prefiro um soco no estômago a poesia francesa.

Caralho! Olha aonde fui parar... Nem sei porque comecei a escrever. Acho que foi para não ligar, no sentido de fugir um pouco psicologicamente, tentar afastar o pensamento para não entrar tanto de cabeça e estragar tudo. Mais um coelho, se é o coelho certo, não sei. To cansado de ser enganado. Mas a procura não para, arrisco a dizer de que esse possa ser o sentido da vida de todo mundo. Achar a porra do coelho branco. Mais que migalhas de pão e tijolos amarelos, o coelho branco.

O que aconteceu? Aonde quero chegar com isso? Para que escrever hoje? Não sei...

...só sei que gostei de você.

sábado, 28 de agosto de 2010

Mágica? (Peça em um ato)

CENA: Dois homens em uma sala de estar. Sentados em uma mesa de jogos para 6 pessoas. Um está entretido com um baralho, embaralhando e fazendo pirâmides de cartas. O outro brinca com fichas de aposta.

Quando sobe o pano, Reinaldo, mágico frustrado, que se diverte com as cartas, tosse pitorescamente. Enquanto Danilo, um contador que é péssimo em matemática, está nitidamente pensando profundo. Devem ser interpretados, por dois homens céticos, pernósticos, extremamente convincentes e alérgicos a atum.

Reinaldo: Porque você ta com essa cara?

Danilo: Que cara?

Reinaldo: De que está com alguma coisa enfiada no...

Danilo: (Antes que Reinaldo termine a frase) Deus está falando comigo!

Silêncio.
Reinaldo para com as cartas e olha fixamente para os olhos de Danilo, que continua mexendo nas fichas como se nada tivesse acontecido.

Reinaldo: Você não acredita em Deus!

Danilo: Será que Deus acredita em mim?

Reinaldo: Que papo é esse cara, não tem ninguém falando com você.

Danilo: Mas, e se for verdade? Sabe, todo esse papo de céu e o caralho todo?

Reinaldo: Se você fala com Deus, você é religioso, se deus está falando com você, você é psicótico.

Danilo: Mas outro dia eu estava lendo um artigo sobre...

Reinaldo: (Antes que Danilo termine a frase) Você tem que ler menos e assistir mais Tv.

Danilo se levanta e pega em uma garrafa de whiskey e dois copos. Se senta na mesa e serve os copos, puro, sem gelo.

Danilo: Lembra daquela vez que você foi tentar fazer uma graça com facas e acabou acertando o pescoço de uma mulher.

Reinaldo: (Meio constrangido) Lembro sim, mas isso já tem anos, porque falar disso agora?

Danilo: Por um centímetro você não acertou a jugular da pobre garota.

Reinaldo: O Fato de eu ter errado, não prova que Deus existe.

Danilo: Ela achou que foi Deus.

Reinaldo: Ela deixou eu atirar facas vendado, por 50 pratas. Deixa eu te explicar uma coisa, as pessoas só fazem as coisas em beneficio próprio, ela estava lá porque era a melhor opção dela, se ela encontrou Jesus depois disso, bom, ai só pode ser mágica! (Irónico)

Danilo: Ela ficou muito mais feliz depois de se afiliar a Igreja.

Reinaldo: A religião é o ópio do polvo. Alias não é o ópio, é o placebo.

Danilo: Eu sei que tem essa putaria toda. Mas, e se for real? E se Deus realmente existir?

Os dois dão um belo gole no copo de whiskey.

Reinaldo: Não! Não existe cara. Se Deus existisse, magica existiria!

Danilo: Só porque você é um merda, não significa que Deus...

Reinaldo: (Antes que Danilo termine a frase) Opa!! Merda é puta que te pariu!

Silêncio constrangedor.

Reinaldo: Escuta aqui, só porque nossa vida ta uma merda, nunca acertamos, perdemos grande parte daquilo que conquistamos com ideais idiotas, estamos quase que literalmente na merda, não significa que precisamos procurar uma razão para estar vivo, uma missão na terra. Esse papo todo ta começando a me irritar.

Danilo: Ué! Porque a gente não pode acreditar? Todo mundo faz isso!

Reinaldo: Você não quer acreditar em Deus, você só quer acreditar na idéia de que existe alguma alguma coisa... Cara! Você é patético!

Danilo: Juro que não sei porque sou seu amigo.

Reinaldo: Olha aqui seu merda! Deus não existe e nossa vida vai continuar a mesma bosta que sempre foi!

Danilo: Se ele falar comigo de novo, vou responder que quero que você vá para o inferno.

Reinaldo: E pede pra ele concertar minha maquina de lavar DVD's!

Silêncio

Danilo: Cara você viu que querem aumentar a temporada da NFL para 18 jogos?!

Reinaldo: Sabe o que você não sabe sobre mim?

Danilo: O que?

Reinaldo: Sou judeu.

Desce o pano.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Esquizofrenia

Você, esquizofrénico.

Sim, eu.

Quem é você?

Sou você!

Mas tem outro eu aqui.

Quem?

Eu.

Meu deus, que porra é essa?

Quem ta falando de deus aqui no meio?

Querem parar com essa loucura?

HAHAHA, Olha quem ta chamando a gente de louco!

A gente? Tem mais de um!?

Sim, tem eu!

E eu!

E eu!

E eu!

E eu!

E eu!

Caralho, mas quem sou eu nessa história?

É você.

Mas eu deveria ser eu.

Sim, mas tem falado tanto de você, que virou um você.

Nós estamos tomando conta agora!

Nós, nós quem?

Um bando de eu!

- Silêncio constrangedor -

Mas, e ai?

E ai, o que?

Quero ser o eu de novo, só eu.

Ah! Vai ser complicado.

Porque?

Você tem criado tantos monstros aqui que a gente resolveu assumir.

Mas e a loucura?

Você ta sempre escapando da loucura, para a alucinação. O que não percebe é que nenhuma delas leva a nada.

E o que leva?

Deus!

O QUE?

HAHAHA, brincadeira.

Como que eu posso me permitir uma piada em uma hora como essa?

Eu não, você!

Sim, foda-se já peguei o espírito da coisa.

Ué, você criou os seus eus, dentro da criação e da fuga. Você sempre usa do humor para aliviar e resolver, mas na verdade a satirizarão criada por você, serve apenas para fugir.

Quer dizer que tenho que ser sério?

Não.

O que quer dizer então?

Não sei, eu sou você, se você não sabe, então quem sou eu?!

Outra piadinha.

- Silêncio constrangedor -

Mas você vai ficar ai pra sempre?

Você não, eu!

Ta, eu vou ficar ai pra sempre?

Não, mas depende de você.

De você o que?

Sei lah. Sei que depende de você. Você que me ensinou isso, ué!

Caralho que merda, aonde eu quero chegar?!

Ah, agora começou a entender.

Sim, aonde?

A inevitabilidade está te levando para longe.

E lá? Eu, quer dizer, você, vou estar sozinho?

Só se você se livrar de eu.

Ok.

Ok, o que?

Vou se livrar de eu.

Não! Assim não! Senão você morre.

HAHAHA, minha vez!

Você ta fazendo piadinha agora?

Ué!

Filha da puta.

- Todos rindo muito -

Bom, então ta!

Ta bom! O que vai fazer?

Se não pode vencelos, juntese a eles.

Boa.

Bem vindo, ao inferno.

domingo, 1 de agosto de 2010

Informação é poder e a ignorância, de fato, é uma benção.

Sempre tenho idéias frescas de domingo. Tem sido um belo ano, uma bela vida. Coisas muito boas estão acontecendo. Mais uma vez volto a indignação de "esquenta" para eventos open bar, vide um post do ano passado. O cético sempre continua sendo cético, nada foi provado. A quem devo agradecer? Sei lah! E não quero saber. Não me completa essa falta, não existe um vazio se você não procura preencher com algo estúpido e falso.

Amor? Não, ainda não. Ou nunca não. Fantasmas de uma vida passada voltam para me assombrar, mas mudei. Não sou mais fraco. Vulnerável. Chega! Frieza e apatia tomam cada vez mais conta, o "conto de fadas" está cada vez mais lúdico. Não da pra fazer as pessoas felizes, com tudo que você faz, sempre falta. Alias, quando mais você faz, pior. Devo eu parar? Enfim consigo mais uma vez partir. 1 mês. Não é muito, mas vai ser. Inclusive se tiver paciência, isso aqui vai virar um diário de verdade, de uma vida eternamente em construção.
  • A vida é curta demais para tentar agradar cada idiota que pensa que sabe como eu deveria agir.
  • Não a nada que valha mais a pena o tanto quanto a liberdade de curtir a sua vida.
  • Nunca acredite em um homem feliz.
E quando a alucinação não adiante mais para nada!? Se deve procurar um estilo novo de fulga? Bebia para esquecer, passei a beber para lembrar. O "animal selvagem" não ajuda tanto quanto quando foi criado. Lembranças se confundem com realidades que vão muito além do bem e do mal. Quero ficar sozinho. Longe.

A vida continua sendo uma piada pronta. Confesso, tenho inveja de pessoas que tem fé. Eu adoraria estar errado, se estiver errado, eu ganho. Friso: estar perdido as vezes é melhor do que se encontrar. Construo meu castelo com pedras que vocês estão atirando.

Formatura. Um babaca que foi ofendido, contatos imediatos de terceiro grau, fila, gelo, álcool, terno. Sempre a mesma história, mas sempre vale a pena. Você estava lá, que fez parte e ajudou a construir o monstro, não que seja culpa sua, mas tudo que esteve na estrada de tijolos amarelos influenciou para a história ser formada. Foi bom. Bom. Quem sabe não colho frutos mais complexos, duradouros, cabe a mim tentar. Quem sabe.

Ah! Não da mais. Com você, não da mais. Tento, mas o passado, por mais hipócrita que pareça, vai ficar para sempre. Ninguém mandou seguir um instinto tão não ortodoxo e acreditar tão friamente em suas crenças. Promiscuidade, que toma conta de todo ser humano, foi um problema grave, e sempre vai ser. Mas a contradição que é tão encontrada na própria bíblia, é muito grave. Sou podre, mas não tento não ser. Você. Sempre vai ser pior do que eu. Com você, não da mais.

A vida, a probabilidade, a inevitabilidade. Fazem cada vez mais sentido. Tudo é tão lógico. Você foi boa. Malandra. Mandou muito. Agora, eu quero. E vou atrás. Quer dizer, acho que vou. Tenho receio de não ir. Mas ao mesmo tempo, tenho de ir. Preciso tentar. Fantasmas do passado quando voltam, voltam. Tudo precisa ser resolvido antes. Quero ir embora. Mesmo. Ou, fazer as coisas tudo de novo.

Você sempre vai me dar dor de cabeça, diferente, mas tão simples. Teimo, e teimarei. Não é minha fraqueza, mas é o que deixa fraco. Tem o caminho, e ainda bem que não sabe usar. É tão fútil. Mas tão delicada e perfeita. É inevitável que eu tente, e sempre vai ser. Mas é divertido demais para parar e dizer não. Sou brasileiro, e não aprendo nunca.

Você volta, e volta mesmo. Apesar de tudo resolvido, fica um vazio. Era tão perfeita e tão perfeita. Que eu errei. Feio. Longe. Nunca deveria ter deixado partir. E mesmo minha sutileza, afastou. Tão delicada. Não queria, mas quero. Foi boa. Perfeita, soube jogar. Jogar. A hora era a errada. Muito errada. Sempre atrás de consertar alguma coisa errada, mas tinha tanta coisa errada que não consegui me consertar. Queria, de verdade, tentar de novo. Ia ser bom. Apareça, quem sabe.

Cada você, é um você e nunca é você que você imagina. Tipo uma piada tão interna, que só eu dou entendo. Mas enfim, foi bom ver você...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tudo ira acontecer se nada mudar.

Como é difícil escrever quando não se tem nada pra falar. Que fome! Me embriaguei de lasanha de microondas no almoço. Microondas é uma coisa muito louca, né!? Outro dia esqueci um pão na torradeira por alguns segundos, quase explodiu! Me fez pensar, como é que uma pessoa ainda consegue voar de avião? O que é ridículo, porque eu adoro voar de avião. Sou um hipócrita da minha própria hipocrisia.

Sem internet, telefone, cronograma, paciência e tendo que depender de Fortaleza, fica complicado! E tudo isso para andar de ônibus! Minhas experiências de vida são uma piada pronta. De repente não é para ser engraçado, mas tenho uma tendência a me meter em situações pitorescas. Falando nisso, passei no vestibular. Sério!

E o Polvo Paul?! Puta que me pariu! Era só o que faltava... Uma porra de um polvo que prevê o futuro. Ok, brincadeira saudável, não machuca o bicho e não fere ninguém. Mas, do jeito que o ser humano é burro! Daqui a pouco vai ter até RELIGIÃO baseada no animal.

Fiquem ai com deus, porque por aqui, ele não está...

terça-feira, 6 de julho de 2010

13 pinos, 2 placas, ónibus, telefone. Julho.

Gosto de estar sozinho, ao menos me convenci de que é melhor dessa maneira. Sou melhor sozinho. Não importa que eu morra sozinho, vivo sozinho. E amanhã, vai ser tudo a mesma coisa. Sou inconcertável, não você.

Segredos e intenções todo mundo tem, e não é ruim, ao menos que não mate e nos mantenha salvo e quente. Não existe amor, é fantasia. Resolvi trocar meu coração por um fígado, assim eu me apaixono menos e bebo mais.

Será que deus acredita em mim? Eu não sei o que deus é, mas eu sei o que ele não é. Não faz sentido pensar em que existe um passado que poderíamos ter agora. Não é nada místico, não. É simplesmente, o agora. O espiritualismo, significa lidar com a intuição. Como um cético, nunca vou tentar impor minhas crenças, porque é tão difícil para vocês respeitarem a minha.

Não se lamente por mim. Construí um lugar tão escuro, tão frio. Ódio profundo corre ao que você tem feito para nós. Eu preciso disso de volta, mas nada fará voltar. Nenhum sonho pode preparar um coração para uma vida sem amigos. A falta de esperança estragou tudo. Tudo. Em espirito, o meu não teísmo, é melhor eu me arrepender de ter errado do que se arrepender de nunca ter tentado. Não pode ler minha mente, mas será que se pudesse, entenderia?!

Mudei os planos... Garrafas chamam o meu nome, não vou te ver nessa noite.

domingo, 13 de junho de 2010

Deixe a vida passar.

Frio, calculista, chato. Até de fonte mudei. Bêbado, provavelmente. Ser ou não ser, eis a questão. Shakespeare escreveu muito, criou, inovou, mas quanto a sua vida pessoal este filho da puta sempre soube se resguardar. Não consigo fazer nenhuma provocação ou piada em relação a crenças religiosas, políticas ou urologicas. Tirando que ele foi casado com Anne Hathaway e que seus filho gêmeos nem chegaram aos 18 anos, a minha pesquisa só resultou em suas obras. Portanto nada de Shakespeare! Em algum momento da vida isso ainda vai ser uma piada pronta, mas agora, não!

Aposto que agora mesmo você esta pensando sobre, o que, ou quem, eu estou escrevendo. E é sobre você, que sei que lê está merda! Raiva, desprezo, amor, loucura, delírios, o que? Caralho! Tudo!

Estou sendo claro, ou estou desaparecendo?
Ainda sou seu amuleto, ou sou apenas má sorte?
Nós estamos nos aproximando, ou apenas nos perdendo mais?
Eu te mostro as minhas se você mostrar as suas primeiro. Vamos comparar cicatrizes que eu te digo qual é pior. Vamos apagar essas páginas e rescrever com nossas próprias palavras? NÃO!

Eu não vou atravessar a rua até que você segure minha mão.

Já to aqui a muito tempo, já ta na hora de mudar! Vou fazer a mala. Não é mais fugir, não fujo mais. Não importa pra onde eu vá, as memórias sempre vem comigo. Não adianta fazer de mim um animal selvagem, a dor de ser um homem sempre fica marcada nas cicatrizes da vida.

Eu tenho amigos. Que não trocaria pelo mundo. Seguimos os dias com conversas dos lugares, dos momentos. Rotina e amor faz com que eu tenha a segurança, não importa o quão errado seja, ou esteja, esses sempre vão ser minha fraqueza. Mas ao mesmo tempo, os que mais me fortalecem. Ai que você pode errar feio.

Eu volto, não pra você, mas eu volto, não me espera acordada, mas deixa a luz acesa, que minha sombra vai te assombrar por muito mais tempo do que você acreditou que fosse capaz. E o pior nisso tudo é que...

...eu gosto.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pelos meus pecados.

O ser humano tem uma tendência a reclamar de tudo. Nunca está satisfeito. Rotina trás a vontade de sair da rotina, a solidão vem acompanhada da necessidade de estar com alguém, assim como em certos casos, estar com alguém faz com que a gente deseje por tudo no mundo estar sozinho. A necessidade é a mãe da autoilusão.

Chega o momento. Aquele que escolhi como estilo de vida, oferece sempre o prazer de não fazer a mínima ideia do que raios vai acontecer agora. Que tipo de sociopata sou eu que ando com remorso. Foda-se. A sociedade não merece meu remorso. Fracos.

"Penso, logo existo" Descartes era mesmo um grande babaca, não?! Da para acreditar nesse cara?! O cara passou a vida buscando a existência do próprio eu, bom acho que em 1620 não devia ter nada melhor para fazer, mas poderia ter pensado em inventar o hamburger de microondas! Aposto que faria uma grana com isso. Malditos franceses.

O. Henry: "a vida é feita de choros, fungadas e sorrisos, com fungadas predominando." Caralho! Ai sim, adoro os Nova Iorquinos, sempre com palavras duras, parece que sabem tudo, quando na verdade não fazem a menor ideia do que está acontecendo. O consagrado, judeu e Nova Iorquino, Woody Allen, uma vez disse: "Não despreze a masturbação, é fazer sexo com a pessoa que você mais ama". E o tesão de tudo isso, é o sarcasmo, o cara vive de arte tendo a consciência de que o conceito é banalizado. Afinal, não teve uma vez que um filho da puta cagou em um pote e um monte de gente disse que era arte. Vejo assim, se um babaca sobe em um palco e vomita durante meia hora, é um gênio. Ah! Vai pro inferno!

De qualquer forma, estamos todos mortos ou nem nascemos, a vida toda é um grande sonho.

sábado, 22 de maio de 2010

Maio. Nada. Maio.

Sensação estranha. Um trabalho que ocupa a vida, completa, não satisfaz. Mil escolhas diferentes de um gosto comum que poderia resultar em problema, não é. Desafios na mente, no corpo, no banco, em junho, não completam.

Escolhas de uma vida fácil.

O que raios tira a concentração? Tira o tesão? Será que... apaixonar? Viver uma vida para ser feliz? Que tipo de mensagem passo ou quero com isso?

Caguei. Egoísta, cretino, narcisista. Cansei de fazer maldade. Qual é a graça em manipular e não ser manipulado? Cansei. Chega. Normalmente isso só acontece em Agosto. Mas, maio. Foda-se.

Foda-se.

Sinto falta de escrever, de ler. Nunca li. Rarará como diria José Simão.
País da piada pronta, agora no futebol! Se a branca de neve tivesse escalado a seleção seria melhor.

O álcool deixa de ser solução e passa a ser o problema. Por que a gente só não entende as pessoas quando elas nos abandonam? É tão fácil assim ler? Fica tão transparente a feição de um apaixonado? Preciso parar com jogos...

Ah! Foda-se!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Carta de Amnesia... Por Woody Strummer

"Me mata não saber, mas eu praticamente já esqueci qual era a cor dos olhos dela e as suas cicatrizes, ou como ela as conseguiu. Quando os sinais aparecem, uma única lágrima cai pelo vale de um rosto envelhecido que este mundo esqueceu.

Não há centro de reabilitação que irá me botar no lugar, e não há tempo como o presente para beber estes segundos que faltam. Raramente estas palavras soam como verdade. Eu constantemente falho com você. Me vem a cabeça uma conversa que nem sei se é real...

"Então, rapaz me diga agora. Se isto não é amor, então como sairemos dessa?"
"EU, não sei!"
"Não te odeio, apenas quero salvar você, enquanto ainda resta alguma coisa para salvar "
"Eu te amo, garota mas eu não sou as respostas para as perguntas que você ainda tem."

O dia continua me pressionando como pesos esmagadores, e nenhum homem tem paciência para isso. Memórias de dias que morreram, que nos atordoam como furacões banhados em chamas, segurando a faca desenrolando os dedos, pressionando a carne feito areia...
Agora você entende?

"Não sou as respostas para as perguntas que você ainda tem."

Distante, não sobrou nada para dizer. Mas sobrou tanto, que eu não sei. Nunca tivemos uma escolha. Este mundo é muito barulhento. Me leva para baixo de novo.
Eu não te odeio."

Woody Strummer

domingo, 25 de abril de 2010

Flerte (Peça em um ato)

CENA: Um Sport bar americano ou um Pub irlandês, o que for mais simpático de acordo com o meu humor. Relativamente cheio. Aproximadamente 7 pessoas e uma cabra... Contando o bartender.

Quando sobe o pano, Carla, uma mulher estonteante, trajada de vestido longo vermelho escuro, usando esmalte cor escarlate, tomando um Cosmopolitan. Ao seu lado um banco vazio, porém prestes a ser ocupado por Charles, um homem ridiculamente feio, mas com um certo charme. Charles entra no bar e se senta no banco. Devem ser interpretados, obviamente, por uma mulher maravilhosa com dentes limpos e um homem bem feio usando belos sapatos.

Charles: Jack n' Coke!

O bartender olha para Charles.

Charles: Com duas doses de Jack, por favor.

Enquanto o bartender prepara a bebida Charles vira para Carla.

Charles: Quer mais um drink?

Carla: Não, (amarga) obrigado, se eu quiser eu peço.

Charles: Não é porque te ofereci um drink, que quero dormir com você.

Carla: Um pouco direto o senhor, para um pobre advogado.

Charles: Sou escritor.

Carla: Grande merda que você é um advogado.

Charles: Hum! Na verdade eu quero dormir com você. Da para pedir a porra do drink. Deus, em menos de 2 minutos de conversa você já ta me enchendo o saco.

Carla vira para o bartender.

Carla: Cosmopolitan, forte, por favor.

Charles: Não sou advogado, sou escritor.

Carla: Não sou prostituta.

Charles: E qual é o seu problema com prostitutas. É uma profissão muito honesta se for pensar.

Carla: Profissão honesta!? Irónico, vindo de um advogado.

Charles: Puta que me pariu!

Carla: Você fala como alguém apaixonado por uma puta.

Charles: Não amo. Nada. E não espero que alguém me ame.

Carla: Não entendo.

Charles: Simples, quando vou a um restaurante e peço o prato mais caro de camarão, não quero saber se ele me ama de volta, só estou pagando pelo prazer de comer um bom produto.

Carla: Não entendo como não pode amar.

Charles: O amor nos leva a fazer escolhas estúpidas.

Carla: Mas, você nunca teve alguém?

Charles: Uma certa vez encontrei um amigo que falava com ar de paixão sobre uma misteriosa mulher que ele conhecia a anos, Christina era o nome dela. Ele dizia que Chris era mulher que nenhum homem jamais se casaria. Eu logo respondi. Eu me casarei. Casamos logo que nos conhecemos pessoalmente, mas foi tão rápido que quando nos conhecemos... Nos separamos.

Carla: O que é você? Um viciado?

Charles: Não tenho vícios, só bebo e fumo quando jogo.

Carla: Quero dizer, o que é você?

Charles: Não sou um advogado, isso te garanto.

Carla: O que fez... Sabe, para mudar alguma coisa.

Charles: Misturando prostitutas, corridas de cavalos e musica clássica, já escrevi mais de 50 livros, fora milhares de publicações baratas.

Carla: Nossa! É verdade?

Charles: Não, to mentindo.

Carla: Porque?

Charles: Se não trapacear é porque não estou tentando o bastante.

Pela primeira vez na conversa se pode notar um sorriso discreto na cara de Carla.

Charles: Você é linda.

Carla: Ah! Não me venha com essa. Achei que você fosse diferente, linda?! Sei que sou, mas não gosto.

Charles: Você por algum motivo se sente vítima da sua própria beleza. Aproveite, isso é um presente da humanidade para...

Carla: Presentes expressam culpa. Quanto mais cara a expressão, maior a culpa.

Charles: O que você fez?

Carla: Nada.

Charles: A melhor forma de se livrar da culpa é confessar os seus pecados.

Carla: Beleza não vale nada e depois não dura. Você não sabe a sorte que tem de ser feio.

Silêncio. Os dois terminam seus drinks. Carla vira para o bartender.

Carla: Mais uma rodada. Mais forte dessa vez, por favor.

Charles: Junto com nossos drinks, traga dois shots de Jägermeister.

Carla: O que é isso?

Charles: A bebida que Jesus bebeu e pegou uma mina.

Carla: Uma vez me falaram que Jäger tira a dignidade de qualquer pessoa.

Charles: Não tem nada mais sexy do que uma mulher tomando Jägermeister.

Os dois trocam olhares e sem brindar viram o shot.

Carla: O que te faz pensar que vou transar com você?

Charles: A graça está em não saber.

Carla: Não vou transar com você.

Charles: Tem coisa melhor do que não ter certeza?

Carla: Tenho certeza de que você é advogado.

Charles: Não vou te falar de minhas publicações.

Carla: Porque você não é escritor e sim um advogado de mer...

Charles: Os sucessos só são lembrados até alguém estragar tudo, o fracasso é para sempre.

Carla: Já falei que não vou dormir com você. O que ainda está fazendo conversando comigo? Não parece o tipo de pessoa que precisa de amigos.

Charles: Se a admiração acaba quando a verdade é revelada, nunca ouve admiração.

Charles pega um guardanapo rabisca alguma coisa e entrega para Carla. Que lê com um tom de surpresa.

Carla: Eu te amo!? O que caralho isso quer dizer.

Charles: Mulheres gostam de receber cartas de amor, assim um dia elas lembram que foram amadas.

Carla: De um jeito estranho, mas você só me surpreendeu.

Charles: Já que você não quis transar, pelo menos um café você poderia pagar para mim.

Carla: Já vai embora? Você parece tanto que eu preciso de uma bebida.

Charles: Realmente preciso ir, bom, na verdade, não preciso. Quero ir! Não vai sair daqui comigo e nossa conversa está em um ponto alto e importante, se eu sair agora tenho certeza de que mexi com você o suficiente para pelo menos pensar em toda a situação.

Carla: Nunca vai me ver de novo. Na verdade, você está certo! Não vou sair daqui com você e sim! Vou pensar nessa situação... Mas depois disso acabou, nem vou me lembrar de você.

Charles deixa um quantia de dinheiro em cima do balcão, o suficiente para pagar tudo o que ele bebeu, ela bebeu e o que ela provavelmente vai beber. Assim que ele levanta Carla segura seu braço.

Carla: Te vejo em um próxima vida.

Charles: Vou checar o tempo aonde você estiver.... Vou querer saber se você pode ver as estrelas a noite.

Charles caminha para fora do bar/pub.

Luzes vão a fade out no topo do palco luzes pequenas imitam estrelas. Quando sobram somente as estrelas. Desce o pano.

terça-feira, 16 de março de 2010

Palavras precisam ser vistas

O que é a saudade, senão a falta de contato, de presença física, do toque. A palavra vem do latim "solitáte" que significa solidão. Solidão.

O que é o ser humano, senão um peixe no oceano?

Rousseau disse que o homem nasce livre, puro e bom por natureza, e é a sociedade que o corrompe. Seguindo seu pensamento, o homem não é capaz de perceber aquilo que não está a sua volta, é desprovido da imaginação necessária para desenvolver um desejo que ele não percebe... (...) ...Rousseau morreu em 1778.
Precisamos perdoar nossos erros. Pra que? Arrependimento? Para chegarmos no famoso aforismo socrático: "conhece-te a ti mesmo". Ah! Grande merda! Nem Sócrates acreditava nas suas próprias palavras. Afirmou: "Só sei, que nada sei", após ser considerado o cara mais inteligente pelo oráculo do templo (provavelmente virgem)... (...) ...Sócrates morreu em 399 a.C..
Não sou obrigado a concordar com o "a.C.", bom na verdade sou.. Só me irrita um pouco ter que usar o nome de Cristo em vão. Ta vendo! "Nome de Cristo em vão", é o tipo de comentário que eu faço o nível mais elevado de sarcasmo que eu conheço e consigo passar. Não adianta msn, orkut, ou até mesmo por telefone, palavras precisam ser vistas. Cristo. Não em Março! Talvez nessa época meu cetisismo aumente mais ainda. Não sei qual é a lógica nisso, não to fazendo muito sentido.
Descartei algumas enfermidades. Nada de inveja, censura, nem projeção, ou seja, fora do trio infernal das neuroses.

Hum... Qual será minha patologia?