quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lembra?

Andar pelas ruas de um lugar desconhecido até ficar perdido.
Um lugar morbido, sombrio, cercado por uma cruz.
Assistir pessoas limpando janelas de um prédio muito alto.
Dirigir em marcha ré numa subida.
Ver pessoas procurando o carro num estacionamento.
Conversas de rádio, jazz dos anos 20, bueiros e cenouras.
Falar outras línguas, colar coisas na parede.
Roupas neutras no sol, destruir algo já destruido...
...Não provocaremos o passado. Discretamente, nem o futuro.

As coisas que amei, as coisas que perdi,
as coisas que eram sagradas e que abandonei,
não quero aprender o que precisarei esquecer.

Porque isso não faz lembrar de nada.
Se isso não fizer lembrar de nada.

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